Som da Vez

Nando Reis - Sei

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

#41

David Matthews, quando não consegue dar um nome a música que ele compôs, ele dá um número como nome. E esse não é um número aleatório, o critério é o seguinte: ele enumera as composições, então #41 é a quadragésima primeira música que ele compôs. E entendo o fato desta música não ter um nome, eu mesmo já pensei em vários, mas nenhum se encaixa. Como definir uma música que proporciona sensações diferentes cada vez que você escuta, para falar a verdade não escuta, sente. Tenho cuidado de não deixar nada atrapalhar quando estou escutando, se no final alguma coisa me distrai, pode ser um pensamento, volto e escuto de novo. Ela vem e me entrega lembranças tristes, coisas que não quero lembrar, mas depois no final me devolve a alegria. Como ganhar tempo contra os problemas? Chegar devagar, mas acelerando e ainda convidar para uma dança? Fantasmas te esmagando e toda a solidão que você sente e ninguém repara. Enquanto eu só quero esperar e te amar, mas só o amanhã guia o meu caminho. Eu entro na sua mente, mas que homem agüentaria isso, preciso de água. E por que você nunca fica feliz? Fica com seus pensamentos ao invés de correr e brincar na chuva, a vida é curta, mas é doce. Não evite que as lágrimas caiam e te molhe inteira, falta pouco.
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Ouça a Música:

domingo, 9 de dezembro de 2007

Palavras

Palavras não tem retorno,
depois de pronunciadas tem vida própria,
se tornam independentes...
Trazem alegrias, tristezas, frustações, decepções,
o telefone e o email, não me fazem bem,

eu preciso do olhar, do calor,
da proximidade para colocar pra fora os pensamentos.
O telefone transforma a voz em pulsos elétricos e depois em voz de novo,

a emoção se foi nessas trocas de energia.
O email é digital, tudo se torna 1 e 0 e depois letras de novo,

a emoção também se vai...
Gosto do contato, onde um olhar é capaz de dizer tudo,

onde se vê a alma...